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O presente artigo propõe a discussão acerca da relação entre dignidade da pessoa humana e da luta pelos direitos humanos, sob a perspectiva do pensamento filosófico de Hannah Arendt. A filosofia de Arendt sobre a banalidade do mal possibilita uma lente crítica através da qual se pode compreender e enfrentar os desafios da contemporaneidade na luta incessante pelos direitos humanos. Com base no termo “banalidade do mal” de Arendt, percebe-se que, em consonância com as palavras de Peretti (2014), a questão da dignidade é atributo essencial para uma formação social e normativa criada para benefício e evolução dos direitos humanos. A partir de uma revisão bibliográfica abrangente, tendo por base a obra “Eichmann em Jerusalém – Um relato sobre a banalidade do mal” (1999), a pesquisa surge com o anseio de examinar, a partir do conceito de banalidade do mal, como o mal se manifesta dentro do contexto social e político, e como esse contribui, hodiernamente, para a violação dos direitos humanos. Nesse sentido, o trabalho, tem como objetivo analisar a relevância do termo “banalidade do mal” proposto por Arendt e os desafios da luta pela dignidade humana relacionada a capacidade de ação e responsabilidade social, versando sobre uma dignidade na qual a ação, discurso e política, são de extrema importância para a construção e manutenção de uma sociedade mais democrática. Conclui-se que, a “banalidade do mal” dispõe de ferramentas importantes para a compreensão e combate dos desafios aos direitos humanos, auxiliando no fortalecimento dos mecanismos de proteção a dignidade da pessoa humana. |
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