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As Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs) são alternativas importantes
para uma alimentação mais equilibrada, saudável e sustentável, com conhecimentos
passados de geração em geração. Objetivou-se, neste trabalho, identificar e fazer
um resgate cultural das Plantas Alimentícias Não Convencionais na comunidade de
Manguape, Lagoa de Roça – PB. Foi realizada uma pesquisa de caráter qualitativo
com agricultores/as familiares e trabalhadores/as rurais no município de São
Sebastião de Lagoa de Roça – PB e utilizou-se um roteiro entrevista
semiestruturada. As informações coletadas abordaram: gênero, idade, ocupação,
escolaridade, em seguida, perguntas relacionadas ao tema PANCs. Foram
entrevistadas 6 pessoas, com idade variando de 22 a 84 anos. Foram mencionadas,
pelos/as entrevistados/as, 16 PANCs como alternativa de combate à fome, devido
seus valores nutricionais, aspectos econômicos e regionais, como tipo de solo, clima
ou indicie pluviométrico. As PANCs mais citadas foram bredo e mastruz, bem
comuns na região, além das diversas formas de prepará-las. Ao serem
perguntados/as sobre o que comiam na infância comparando com os hábitos atuais,
eles/as trazem questionamentos como, por exemplo, o acesso aos recursos
financeiros se tornou mais fácil, consequentemente, melhora na condição
alimentícia, todavia, o aumento no consumo de industrializados também. O grande
ponto levantado pelos entrevistados foi a importância dessas plantas como
alternativa para “matar a fome”, principalmente na infância, associada, muita das
vezes, como uma memória dolorosa e alguns deixaram de consumí-las por remeter
a esses tempos. Portanto, pode-se concluir que tais plantas carregam grande
importância, sendo elas muito ricas no valor nutricional, além de todo o teor cultural,
pois são costumes já disseminados por nossos pais e avós, como também, as
diversas formas de preparo e facilidade de acesso |
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