Resumo:
A pesquisa tem por objetivo pensar o movimento impressionista através da arte de Claude
Monet em sua relação com o tema da natureza e a sociedade de consumo potencializada no
mundo moderno. Considera-se que a representação da natureza está permeada por um processo
de transformação aparentemente contraditório que, de um lado, a natureza é transformada em
preciosa mercadoria pelo mundo capitalista, por meio da desvalorização do mundo físico
natural e exploração predatória e, por outro lado, o olhar do sujeito moderno em processo de
transformação também altera a valorização a natureza a partir do consumo de imagens
paisagísticas. Nessa perspectiva, este trabalho visa as seguintes questões: relacionar emergência
da modernidade e suas implicações com o movimento impressionista, analisando a valorização
da natureza enquanto imagem e a escalada predatória do meio físico proporcionada pelo
capitalista moderno; analisar o contexto histórico da França oitocentista ressaltando o cenário
histórico e algumas obras de Monet, para identificar como suas pinturas estão a serviço de uma
relação, pintor-natureza e pintor-sociedade; pensar sobre como a afinidade que o sistema
cultural da era digital da radicalização do consumo de imagens encontra com o impressionismo
e o usa como produto de mercado. Além da pesquisa documental interdisciplinar utilizando do
acervo do Museu D’Orsay, o presente trabalho foi estruturado através da metodologia da Nova
História Cultural, de leitura bibliográfica referente ao tema, especialmente os autores Sandra
Jatahy Pesavento, Peter Burke, Eric. J Hobsbawm e Maria Carolina Duprat Ruggeri.
Descrição:
SANTOS, M. B. P. Impressionismo de Claude Monet e a construção da natureza como imagem. 2024. 25 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História) - Universidade Estadual da Paraíba, 2024.