Resumo:
Pode-se considerar a violência contra a mulher como sendo uma expressão e um reflexo da cultura patriarcal e do neoconservadorismo, da soberania masculina em detrimento da subordinação feminina, nitidamente expresso na divisão sexual do trabalho. Esta situação induz a uma sociedade marcada pelo tradicionalismo e que levanta pautas da religião cristã, do patriotismo e da família, mas que na maioria das vezes é marcada por contradições, como a opressão, em função, inclusive, da manutenção da ordem capitalista. O presente artigo tem por objetivo refletir sobre a problematização da violência doméstica contra a mulher, sobretudo nos primeiros anos da pandemia do COVID-19, que evidenciou a vulnerabilidade da mulher dentro de seu próprio lar, pelo fato de estar mais tempo exposta ao agressor devido ao isolamento social, aumentando assim, a incidência de violência. Parte do materialismo histórico-dialético, no qual é possível identificar dados que evidenciam a preocupação com a violação dos direitos da mulher na sociedade, fazendo uma interlocução com autores que discutem o tema (Saffioti, 2015), (Biroli, 2018), através de pesquisa bibliográfica e documental. A partir desse estudo foi possível identificar que muito há que avançar em legislações e políticas públicas voltadas ao enfrentamento e combate da violência doméstica contra a mulher, apesar das conquistas já alcançadas.
Descrição:
NASCIMENTO, Daniela de Lucena. Neoconservadorismo, patriarcado, violência contra a mulher e seus reflexos nos primeiros anos da pandemia do covid-19. 2023. 25f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Serviço Social) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2023.