Resumo:
A Caatinga, principal bioma do Nordeste, destaca-se pela extensão territorial e rica biodiversidade. No entanto, a agropecuária extensiva limita a conservação desse ecossistema. Nesse
contexto, um estudo etnobotânico foi conduzido com agricultores da microrregião do Curimataú Oriental Paraibano, com objetivo de compreender a relação de agricultores com as cactáceas, abordando seu uso e manejo. A coleta de dados ocorreu por meio de questionário semiestruturado, analisado descritivamente com base em porcentagens, envolvendo um representante de cada uma das oito famílias participantes. Os resultados revelaram que todos têm experiência rural superior a 20 anos, utilizando cactáceas para alimentação animal (100%), humana (63%) e fins medicinais (25%). As principais cactáceas mencionadas para alimentação
animal foram mancadacru (Cereus jamacaru DC.) e palma (Opuntia ficus-indica (L.) P. Mill.),
ofertando o cladódio e raquete após a retirada dos espinhos. Contudo, 75% praticarama retirada
descontrolada, causando desequilíbrio no ecossistema. Apesar de 75% reconhece- rem a
necessidade de medidas de preservação, 63% não adotam práticas de manejo ou con- servação.
O estudo destaca a urgência de estratégias educativas para promover a convivência sustentável,
respeitando as relações ecológicas.
Descrição:
JERONIMO, R. E. de O. Uso e manejo de cactáceas por líderes familiares no Sítio Corrimboque, Solânea-PB. 25f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Agronomia) – Universidade Estadual da Paraíba, Centro de Ciências Agrárias e Ambientais, 2024.
[Artigo]