Resumo:
A obra shakespeariana, em especial a peça Hamlet, possui várias transmutações extraliterárias
e é nesse ambiente onde os signos são produzidos e reproduzidos que as contribuições da
Semiótica Peirciana no meio literário propicia aos estudos comparados uma nova forma de
analisar obras literárias como comunicação, não como algo estático, que representa a
linguagem apenas com fins estéticos, desconsiderando o seu caráter comunicativo ao fugir dos
paradigmas da visão cosmopolita do século XIX que visava um estudo de obras análogas.
Considerando a televisão como uma forma de expressão artística equivalente ao cinema ao se
considerar a representação dinâmica das imagens e o som como veículo para que haja
comunicação, podemos utilizar a televisão para traduzir os signos explícitos e implícitos da
peça Hamlet através de suas relações diagramáticas e analogias estabelecidas de forma
inteligível. Através das ponderações sobre os estudos semióticos, imagem e o processo de
significação icônico na televisão, focando na comparação da personagem literária com da
televisão ao fazer um recorte para centrar as ponderações de acordo com a semiose dos
signos, nesse contexto interartes, ao analisar o diálogo intertextual entre a peça Hamlet, de
William Shakespeare, e a minissérie Som e Fúria, dirigido por Fernando Meirelles. Este
trabalho propõe uma análise que adotará como quadro teórico as proposições de Andrew
(2002), Ferraz Júnior (2012), Nöth (2003), Peirce (1989), Pignatari (1979), Plaza (2003),
Santaella (2004) e Xavier (1983).
Descrição:
VASCONCELOS, C. M. de. A. Signos, signos, signos: o Dante hamletiano no Som e Fúria da tradução intersemiótica. 2014. 78f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras)- Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2014.