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O presente artigo apresenta uma análise acerca das atribuições, competências,
demandas e requisições postas ao trabalho do assistente social na
contemporaneidade. Teve como objetivo principal identificar as demandas e
requisições postas pelo Estado, enquanto principal ente contratante da força de
trabalho, ao cargo de Assistente Social e analisá-las a luz da legislação profissional e
do projeto ético-político da categoria. Para tanto, foi realizada pesquisa documental,
através do levantamento e análise de Editais de Concursos públicos realizados no
Estado da Paraíba entre os anos de 2015 e 2018, associada à revisão e análise
bibliográfica. Foram identificados, no período, 69 editais, e dentre estes, apenas 45
apresentavam as atribuições do cargo, sendo este o quantitativo de certames
analisados. Identificamos, que cerca de 69% dos editais apresentam problemas
quanto às atribuições, destes, 29% apontam algumas atribuições questionáveis,
enquanto 40% ferem diretamente a regulamentação profissional. Entre os problemas
identificados, destacamos a grande incidência de atribuições que reforçam o trato
conservador, moralista, individualizante, policialesco e psicologizante das expressões
da “questão social”. As reflexões aqui sistematizadas caminham no sentido de
problematizar as atribuições que apresentam incoerências ético-políticas e/ou que
afrontam diretamente a legislação profissional. |
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