Capitalismo e gênero: um estudo acerca das violações contra as mulheres e resistências femininas.

Abstract

O presente artigo apresenta reflexões acerca da superexploração imposta às mulheres pelo capitalismo, como estratégia de acumulação de capital, e debate de que modo a articulação feminina foi fundamental como estratégia de resistência à opressão. Tendo como o objetivo geral, analisar formas de opressões contra as mulheres e de resistências destas na socialidade capitalista. Nesse sentido, buscamos compreender de que modo a consolidação da sociedade capitalista corrobora para a dominação e o controle dos corpos femininos enquanto propriedade do Estado, resultando em distintos processos de opressão em meio a diversidade feminina, bem como, evidenciar os processos de resistência que fortaleceram articulação feminina na luta pela emancipação das mulheres. Esse trabalho, foi fundamentado na pesquisa bibliográfica, centralizada no contexto histórico da consolidação do capitalismo e no modo como este se utilizou de estratégias para apreensão do trabalho não remunerado das mulheres, tendo como finalidade o acúmulo de capital, sob a abordagem do materialismo crítico dialético. A partir desse percurso concluímos que a exploração empregada sobre as mulheres se configura como um dos fundamentos da estruturação e da manutenção do sistema capitalista frente o qual as mulheres, em suas pluralidades, se erguem.