Boro, magnésio e melatonina como atenuadores do déficit hídrico na fisiologia de plantas de cana-de-açúcar

Abstract

A cana-de-açúcar (Saccharum officinarum L.) é uma das culturas mais importantes mundialmente e desempenha um papel significativo na economia global como uma importante cultura agrícola comercial. No entanto, a produção da cana-de-açúcar enfrenta várias consequências e desafios significativos ligados diretamente ao déficit hídrico, que reverberam de maneira drástica a produtividade e o rendimento das plantas. Portanto, os atenuadores como Boro, Magnésio e melatonina são essenciais para minimizar os efeitos do déficit hídrico em função dos seus mecanismos de crescimento, fisiológicos e bioquímicos nela envolvida. Assim, o objetivo dessa pesquisa foi avaliar a ação do Boro, Magnésio e Melatonina como atenuadores de estresse hídrico em plantas de cana-de-açúcar. Conduziu-se um experimento em casa de vegetação sob blocos casualizados com diferentes tratamentos que consistiram em 2 (duas) condições hídricas (80% e 50% da capacidade de campo - CC) e 4 (quatro) condições de suplementação via foliar: ácido bórico (300 mg L−1), magnésio (2%) e melatonina (0,5 mM e 1,0 mM). Avaliou-se: assimilação de CO2 (A, μmol m-2 s - 1 ), condutância estomática (gs, mol m-2 s -1 ), transpiração (E, mmol m-2 s -1 ), eficiência do uso da água (EUA), temperatura foliar (Tf) e déficit de pressão de vapor (VPD). Realizou-se teste de Tukey (p ≤ 0,05) para comparar os tratamentos testados. Os resultados apresentados sobre teores de clorofila, demonstraram que as plantas expostas ao déficit hídrico (50% CC), tiveram uma redução significativa nos conteúdos de clorofila. Os resultados obtidos a partir da análise de variância demostraram que a assimilação líquida de CO2 (A) foi maior em plantas sob déficit hídrico (50% CC), com uso de 1,0 mM de Melatonina, e déficit hídrico (50% CC), com uso de 0,5 mM de Melatonina (médias de 28,54; e 26,40 mol m-2 s -1 respectivamente). Para condutância estomática (gs), o tratamento controle registrou os maiores valores (média de 0,17 mol m-2 s -1 ), resultados semelhantes também foram observados para transpiração (E). Os resultados demonstram que a suplementação foliar com boro, magnésio e, especialmente, melatonina atenua os efeitos negativos do déficit hídrico em plantas de cana-de-açúcar, promovendo melhorias nas respostas fisiológicas, como a assimilação de CO₂. Assim, o uso desses compostos pode ser uma estratégia promissora para manter a produtividade da cultura em condições de estresse hídrico.