Resumo:
A desigualdade de gênero no mercado de trabalho está diretamente ligada à divisão desigual das responsabilidades entre homens e mulheres, resultando em uma sobrecarga feminina que limita suas oportunidades de crescimento profissional. As mulheres ainda assumem a maior parte das tarefas domésticas e do cuidado com a família, o que impacta sua disponibilidade, produtividade e ascensão nas carreiras. Essa dupla jornada, muitas vezes invisibilizada, reforça barreiras estruturais, como salários menores, menor representatividade em cargos de liderança e dificuldade de conciliar vida pessoal e profissional. Posto isso, este estudo objetivou analisar os impactos e desafios da sobrecarga da mulher na vivência da maternidade atípica. Para tanto, realizamos uma revisão bibliográfica, à luz de autores ancorados no materialismo histórico-dialético, perfazendo os seguintes temas: o trabalho da mulher na sociedade capitalista relacionando com a vivência da maternidade atípica, bem como a desigualdade nas condições de gênero e trabalho. Também tomamos por subsídio o estágio supervisionado realizado no Centro de Atendimento ao Autista – CAA, tendo por instrumento de coleta de informações o diário de campo, estruturando um breve relato de experiências a partir das vivências adquiridas, refletindo sobre a maternidade atípica e o TEA. Os resultados obtidos no estudo nos permitem indicar que a sobrecarga e excesso de responsabilidades da mulher como principal responsável pelo trabalho de cuidado, impacta diretamente na sua vida social, nas condições de acesso ao mercado de trabalho limitando a sua inserção, o que pode levar ao esgotamento físico e mental.
Descrição:
ARAÚJO, Camylla Alves. A vivência da maternidade atípica: sobrecargas e desafios. 2025. 33 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Serviço Social) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2025.