Resumo:
Este trabalho examina diversos aspectos da obra Ninguém Escreve ao Coronel (1961), de Gabriel García Márquez, dentro do contexto da literatura latino-americana e das condições sociopolíticas colombianas. Partindo da problemática da marginalização e distorção cultural da América Latina, o estudo tem como objetivo geral analisar a personagem do Coronel sob as lentes do silêncio, da velhice, da violência e da morte, explorando as influências da solidão e do tempo em sua existência. A metodologia adotada envolve uma análise literária, fundamentada em aportes teóricos de Bauman (2008) sobre a morte, Sêneca (2017) e Cícero (2021) sobre o tempo e a velhice, e estudos de Minois (2019) e Medeiros (2016) sobre solidão e poder. Além disso, as contribuições de Candido (2009) sobre construção de personagens ajudam a dissecar a narrativa, enquanto a leitura da biografia de Márquez ilumina a influência de sua vida em sua obra. A pesquisa contribui ao identificar uma lacuna nos estudos acadêmicos sobre Márquez, explorando perspectivas ainda pouco abordadas sobre a personagem do Coronel e os temas de morte e solidão. Como conclusão, o estudo propõe que Ninguém Escreve ao Coronel transcende a condição do homem latino-americano para uma dimensão universal de espera, resistência e anseio por justiça, sugerindo-se como base para novas investigações sobre o autor e suas obras.
Descrição:
FREIRE, M. G. de L. Eu escrevo sobre o coronel: uma análise da personagem principal em Ninguém escreve ao coronel, de Gabriel García Márquez. 2024. 62p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras Português) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2025.