Resumo:
Este trabalho investigou como o cultivo de Plantas Alimentícias Não Convencionais
(PANC) por mulheres do Sítio Macacos, em Areia – PB, contribui para a Segurança
Alimentar e Nutricional (SAN) e o fortalecimento do protagonismo feminino no
campo. O estudo teve como objetivos analisar a importância das PANC na
alimentação local, compreender o papel das agricultoras na promoção da SAN e
discutir os desafios e potencialidades do cultivo como forma de autonomia. A
pesquisa é qualitativa, com abordagem etnográfica, e foi realizada por meio de
entrevistas semiestruturadas com cinco mulheres vinculadas à associação
ADESMAF e ao Arranjo Produtivo Local (APL) da floricultura do brejo paraibano. Os
dados foram analisados com base na Análise Temática, considerando os contextos
sociais, econômicos e culturais das participantes. Os resultados revelaram que as
mulheres cultivam diversas PANC, como Ora-Pro-Nóbis, Beldroega e Clitória,
usando-as na alimentação, em chás, geleias e kits gastronômicos vendidos em
feiras e restaurantes. Além do uso doméstico, as PANC representam fonte de renda
e fortalecem a autonomia feminina. As participantes também acessam capacitações
oferecidas por instituições como UEPB, UFPB e SEBRAE, articulando saberes
tradicionais e científicos. Entre os desafios, destacam-se a falta de sementes,
transporte adequado e o desconhecimento do público sobre essas plantas. Em
síntese, o cultivo de PANC pelas mulheres do Sítio Macacos promove segurança
alimentar, renda e valorização dos saberes locais, fortalecendo o papel feminino na
agricultura familiar. A experiência das participantes evidencia como as PANC podem
ser aliadas na construção de um modelo de desenvolvimento mais justo, sustentável
e inclusivo.
Descrição:
OLIVEIRA, Marília Dias de. Protagonismo feminino no cultivo das plantas alimentícias não convencionais como alternativa na segurança alimentar. 2025. 53 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2025.