Pigmentos Cloroplastídicos em plântulas de Moringa oleifera em função de dose e tempo de exposição ao extrato de Tiririca (Cyperus rotundus L)

Abstract

A Moringa oleifera Lam. é uma arbórea de crescimento rápido que possui diversas formas de utilização, podendo assim ser usada na agricultura de base familiar. A problemática do uso da moringa é que a planta sofre com estresses de ordem abiótica. Objetivou-se avaliara os teores de pigmentos cloroplastídicos em plântulas de Moringa oleifera em função de pré-tratamento de sementes com doses e tempo de exposição ao extrato aquoso de tiririca. A pesquisa foi desenvolvida a partir de parceria entre Universidade Estadual da Paraíba e Universidade Federal de Campina Grande. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 5x6 com os fatores constituídos de cinco concentrações de extrato aquoso de tubérculos de tiririca (0, 25, 50, 75 e 100%) e seis tempos de exposição (8, 16, 24, 32, 40 e 48 horas) ao extrato, com três repetições de 24 sementes. As sementes foram submetidas a um pré- tratamento, em que foram expostas em bandejas de polietileno, onde havia o substrato constituído de duas camadas de folha de papel ‘germitest’ umedecidas com as soluções correspondentes a cada tratamento. As bandejas foram acondicionadas em câmara germinadora tipo Biochemical Oxigen Demand regulada na temperatura de 25 °C e posteriormente expostas ao sol para a secagem durante 24 horas. Após esse processo as sementes foram semeadas. Transcorridos 31 dias após a semeadura, foram coletados folíolos de duas plântulas uniformes para a realização da quantificação dos pigmentos cloroplastídicos. Os dados foram submetidos à análise de variância, regressão polinomial e teste de comparações múltiplas de médias (teste Tukey) ao nível de 5% de probabilidade de erro. Verificou-se que a concentração de extrato aquoso de tubérculos de tiririca (EAT) promoveu diferença significativa na clorofila b (Chl b) e na relação clorofila a/b (a/b), enquanto que a clorofila a (Chl a), clorofila total (Chl t) e os carotenoides totais (Car t) não foram influenciados significativamente por este fator. No que se refere ao tempo de exposição, constatou-se que Chl a, Chl b, Chl t, Car t e a/b foram influenciados ignificativa. Ocorreu interação significativa entre concentração e tempo nas variáveis Chl b e a/b. Constatou-se que o pré-tratamento de sementes com hormônios naturais oriundos do extrato aquoso de tubérculos de tiririca, independente da dose, teve maior atividade hormonal entre 24 e 32 horas de exposição, sendo recomendados ao agricultor a utilização da concentração de 25% do extrato de tiririca pelo processo de embebição durante 24 horas.