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As universidades são centros de produção de conhecimento que afetam toda a
sociedade, logo, a gestão exemplar dos seus resíduos é uma questão imperativa. A
geração em grande frequência, a necessidade de acondicionamento específico e
descarte especial torna a produção de resíduos químicos nos laboratórios didáticos
um grave problema para as IES. A implantação de um sistema de gestão de
resíduos deve iniciar com o reconhecimento do problema. Nessa perspectiva, foi
proposto um diagnóstico inicial nos laboratórios de química analítica do DQ/UEPB,
como primeira etapa do Sistema de Gestão de Resíduos a ser implantada.
Inicialmente fez-se o inventário do passivo, no qual classificou-se os materiais
estocados, considerando fatores como periculosidade, necessidade de
acondicionamento específico e incompatibilidades entre produtos, posteriormente
fez-se o inventário do ativo, com finalidade de qualificar e quantificar a produção de
resíduos gerados no cotidiano dos laboratórios. Após essas etapas, desenvolveuse
o estudo da viabilidade do tratamento dos efluentes contaminados de metais
pesados gerados nessas unidades, através do processo de adsorção em leito fixo
utilizando bagaço de cana de açúcar como biomassa adsorvente, enfatizando
cromo como agente contaminante. Com base nos dados obtidos, desenvolveramse
ações para destinação adequada dos resíduos encontrados e reorganização
laboratorial para armazenamento seguro de reagentes e soluções. Essas medidas
resultaram na diminuição significativa de material estocado em cada unidade,
possibilitando um ambiente mais seguro para discentes, docentes e técnicos, além
de representar uma economia de insumos, visto que foi inibida a preparação de
quantidades excedentes ao uso e diminuição do descarte de soluções, trazendo
benefícios econômicos e ambientais. Como também o estudo do tratamento do
efluente obteve resultados que atestam a eficiência do adsorvente, removendo
90% em 60 minutos. |
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