Resumo:
Este trabalho analisa as obras Menino de Engenho, Banguê e O Moleque Ricardo, do autor José Lins do Rego, que se enquadram no chamado ciclo da cana-de-açúcar, que representa um importante relato da condição social do negro no início do século XX, a partir da mostra de categorias como o trabalho, a sexualidade da mulher negra e os preconceitos que estavam sujeitos dentro do contexto citado. Para isso estabelecemos o diálogo entre as possibilidades que a Literatura traz ao historiador como fonte de produção da história. Partindo de uma pesquisa Literária e dialogando com autores como Roger Chartier, Michel Foucault, Mary Del Priore, David Brokshaw e outros, buscaremos respostas para as inquietações acerca do cotidiano dos ex-escravizados no Brasil da primeira República. A partir desta pesquisa, esperamos contribuir para a história com conhecimentos relacionados às representações e estereótipos criados a partir de discursos sobre o negro no período que sucede a abolição da escravidão no Brasil até o início dos anos 30 do século XX, quando José Lins do rego publica Menino de Engenho. O caminho metodológico seguido é de cunho bibliográfico no qual nos apropriamos da literatura através das obras Menino de engenho, O Moleque Ricardo e Banguê. Assim como tecendo o dialogo com a historiografia do período colonial, e de forma indireta autores da historiografia brasileira que contribuíram para a análise sobre o negro no período anteriormente citado.
Descrição:
Silva, A. G. da. O olhar sobre o negro em José Lins do Rego: esteriótipos, trabalho e sexualidade no ciclo da cana-de-açúcar. 2014. 59f. Monografia (Especialização em História e Cultura Afro-brasileira) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2014.