Resumo:
O feminismo foi um movimento social, filosófico e político que teve
origem entre o final do século XIX e início do século XX. O feminismo buscava
direitos iguais para homens e mulheres e a libertação de padrões opressores
baseados em normas de gênero. A revolução feminista além de propiciar uma
maior igualdade de gêneros, deu maior abertura para que as mulheres se
expressassem como seres pensantes e capazes. Mas nem sempre foi assim.
Durante a idade das trevas, os homens que realizavam investigações eram
vistos como sábios, enquanto as mulheres que tivessem o mesmo espírito
investigativo eram relacionadas a forças demoníacas (CHASSOT, 2003). A
estas mulheres, a inquisição, dava o rotulo de bruxas, eram banidas do
convívio social e até incineradas. Esse desprezo e desrespeito com a mulher
era recorrente. Até mesmo pensadores consagrados como Aristóteles
comungavam desta filosofia e o mesmo chegou a afirmar: “Também como
entre os sexos, o macho é por natureza superior e a fêmea inferior, o macho
governa e a fêmea é sujeito”. Esse pensamento se espalhava por toda
sociedade, incluindo o campo da política, artes e ciências. Mesmo passada a
idade das trevas as mulheres continuaram a ser vistas como seres
secundários.
Apesar da falta de reconhecimento, as mulheres sempre foram agentes
importantes nas ciências e muitas delas se destacaram. Em uma pesquisa
rápida na rede de computadores podemos listar cerca de 75 cientistas na área
de química que realizaram (e realizam) pesquisas importantes relativas desde
a cura da AIDS até a descoberta da estrutura de moléculas importantes. Sem
falar das cientistas que desenvolvem trabalhos indubitavelmente importantes,
mas que não tem divulgação.
Mesmo com muitas mudanças tendo ocorrido na sociedade no decorrer
dos últimos anos,um longo caminho ainda deve ser percorrido. Basta avaliar o
número de mulheres nas áreas das ciências naturais, nos cursos de
engenharias e ciências exatas. De acordo com levantamento publicado em
2011 pelo jornal O GLOBO, dos 112 jovens cientistas (até 42 anos) eleitos
membros afiliados da Academia Brasileira de Ciências (ABC) apenas 29 são
mulheres(JANSEN, 2011). Um estudo feito pela economista Hildete Pereira de
Melo, professora associada da universidade Federal Fluminense (UFF), e
responsável por numerosos estudos sobre a participação no mercado de
trabalhocom base em números do Censo de 2000, revela que, já naquele ano,
as mulheres superavam os homens (56,5% a 43,5%) nos cursos de
graduação.Na pós-graduação (mestrado e doutorado), a diferença era um
pouco menor (52% a 48%)(JANSEN, 2011).O presente trabalho procurou
regatar a memória de pesquisadoras notáveis que tiveram seu talento
reconhecido com a premiação pelo prêmio Nobel.
Descrição:
NASCIMENTO, M. G. do. Mulheres na Ciência: Desafios e questões de gênero - Cientistas prestigiadas com o Prêmio Nobel de Química. 2014. 23f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Química)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2014.