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Seguir a trilha das religiões indígenas e afro-brasileiras é o primeiro passo para
compreender, dois períodos importantes da história destas religiões, a década de
1960 e a década de 1980, que representou mudanças na estrutura social tanto
nacional como local, e é neste campo que se desenrola o embate, entre as religiões
afro-brasileiras, cuja origem remete-se a estrutura social e mágico-religiosa das
tribos africanas e a federação dos cultos africanos na Paraíba que buscou de todas
as formas, moldar, um padrão que legitimasse sua regulamentação neste Estado,
que usava de práticas repressoras, inclusive com a força policial. É deste contexto
que o governador do Estado João Agripino, surge como um interventor, considerado
pela federação como o “verdadeiro protetor” dos cultos afro-brasileiro, por ter
legalizado sua prática no espaço social da Paraíba. Se a nível constitucional os
cultos afro-brasileiros deixaram de ser perseguidos e marginalizados, assistiu-se,
entretanto, nas duas décadas seguintes, uma nova forma de perseguição e de
marginalização, desta vez desencadeada pela atuação do neopentecostalismo
notadamente da Igreja Universal do Reino de Deus, que traz a teologia da
prosperidade, cujo impacto se tornou um dos motivos que levou ao fechamento de
terreiros localizado no bairro de José Pinheiro na cidade de Campina Grande
objetivando o estudo em questão ao qual me debruço para entender este momento.
Este é um discurso que vem alimentando o preconceito, criando e reformulando o imaginário a respeito destas práticas religiosas, associando seus rituais ancestrais
as chamadas práticas demoníacas. |
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