Resumo:
Diagnosticada recentemente na Paraíba, a manha marrom de alternária, causada por Alternaria alternata f.sp. citri vem diminuindo a qualidade da produção de tangerina do Estado. As principais medidas de controle da doença constituem-se em medidas culturais e químicas, como o uso de fungicidas. Apesar da efetividade de controle, o uso de fungicidas causa sérios problemas para todo o agroecossistema, resultando em intoxicação de agricultores e contaminação ambiental. O sistema de produção de tangerina no Estado da Paraíba é caracterizado por agricultores familiares, que pouco utilizam agroquímicos. Para que a produção de tangerina e de seus híbridos no Estado da Paraíba possa ter vantagem competitiva no mercado é necessário o desenvolvimento de alternativas de acordo com a realidade sócioeconômica da região para o manejo da doença. De acordo com o exposto, o objetivo do presente projeto foi avaliar o controle alternativo, por meio da aplicação de biofertilizantes, da mancha marrom de alternária em tangerina Dancy em condições de laboratório e no campo. A aplicação de biofertilizante diminui o crescimento lesional da mancha marrom de alternária em frutos destacados de tangerina ‘Dancy’. A exposição de esporos de A. alternata f.sp. citri ao biofertilizante tem efeito tóxico na germinação dos esporos. Com o aumento das concentrações de 20, 25, 30, 35 e 40% verificou-se maior efeito inibitório da doença e dos esporos do patógeno. A aplicação de biofertilizante na concentração de 25% em plantas de tangerina Dancy instaladas em pomar com elevada incidência da doença não controlou a mancha de alternaria em folhas de tangerina, durante o período avaliado de 45 dias após a primeira aplicação. Conclui-se que biofertilizantes têm potencialidade para controlar a mancha-marrom-de-alternaria em tangerina, sendo necessários maiores estudos.
Descrição:
ALVES, S. A. F. Manejo da mancha marrom de alternária (Alternaria alternata f. sp. citri) em tangerina com biofertilizante. 2014. 25f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Agroecologia) – Universidade Estadual da Paraíba, Centro de Ciências Agrárias e Ambientais, 2014. [Artigo]