Resumo:
A nossa problemática parte do presente e a busca por respostas encontra-se nos
meandros da memória, nas linhas sutis integrantes dos dizeres dos protagonistas de
nossa pesquisa, os mestres do saber, que guardam tanto conhecimento sobre outro,
porém não vêm guardando quase nada sobre si. A ação reflexiva configurada no ato da
autonarrativa tornou-se algo raro diante da rotina do cotidiano, fazendo perder-se das
motivações internas do ser professor. O ato de narrar-se é o que acreditamos estar
faltando para os educadores conseguirem lidar com as angústias atuais da profissão
docente. Enxergamos a memória como um caminho para presentificar escolhas feitas no
passado, e assim entender se estas ainda se encontram satisfatórias na vivência do hoje.
A narrativa da memória passada doa sentidos ao presente, configura-se enquanto arte da
existência. Reflete-se a um exercício de salvação e reencontro consigo. Entre os autores
que discutem a memória e sua importância para o ato de existir, trazemos neste trabalho
nomes como Maurice Halbawachs (2006); Diana Klinger (2007); João Carlos Tedesco
(2004) e a obra “Tempos, narrativas e ficção: A invenção de si” (2006) que consiste em
uma coletânea de texto sobre (auto)narrativas. Para além de um debate sobre memória e
sua importância para ação docente, buscamos por uma discussão em torno da educação
e os problemas apontados pelos professores; dialogando com autores como Durval
Muniz (2013); Rubem Alves (2000) e Nadja Hermann (2004), para conseguimos
entender o porquê do atual desânimo que aflige os nossos educadores. Este trabalho
encontra-se articulado ao uso da História Oral (ALBERTI, 2005), pois realizamos entrevistas com docentes de História do ensino básico.
Descrição:
Rodrigues, T. V. A memória e o (re)encontro com a docência: trilhas e desafios do ensino de história na contemporaneidade. 2014. 57f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2014.