Estudo sobre a intercalação e pilarização da argila vermiculita com o íon de Keggin para fins catalíticos

Abstract

Grande parte da energia consumida no mundo provém do petróleo, assim como do carvão e de gases naturais. Estas fontes são finitas e no contexto atual serão consumidas em poucas dezenas de anos. Uma possível alternativa ao combustível fóssil é a utilização de biocombustíveis e dentre estes, o biodiesel. A grande maioria dos processos de produção industrial do biodiesel faz uso da catálise tradicional homogênea onde a recuperação do catalisador é muito complicada, resultando em perda desse material. O uso de catalisadores sólidos (heterogêneos) recebe destaque especial, e dentre as principais vantagens pode-se destacar a simples recuperação do catalisador, boa estabilidade térmica e a porosidade. Dentre os vários sólidos utilizados como catalisador como, por exemplo, as peneiras moleculares, a argila vermiculita foi selecionada como um sólido alternativo para o estudo de intercalação e pilarização deste mineral, com o objetivo de utilizar a argila pilarizada em reações de termocraqueamento de óleos vegetais. Neste trabalho, a vermiculita foi tratada quimicamente para se tornar homoiônica por meio da troca com o sódio, intercalada com uma solução contendo alumínio e calcinada. O material pilarizado pelo polihidroxicátion de alumínio [A (OH ( O conhecido como íon de Keggin, foi caracterizado por difratometria de raios X, infravermelho e microscopia eletrônica de varredura. Os resultados obtidos após o processo de intercalação e pilarização indicam que houve uma diminuição do espaçamento basal da argila.