Resumo:
Diversos mecanismos de resistência são utilizados pelas bactérias para sua proteção contra os
letais efeitos dos antibióticos betalactâmicos. Porém, o mecanismo de maior importância
dentre estes é a produção de betalactamases, enzimas capazes de catalisar a hidrólise do anel
betalactâmico, grupo farmacofórico destes quimioterápicos, levando à inativação de seu efeito
terapêutico. A resistência bacteriana a antibióticos betalactâmicos é constatada há mais de 60
anos e sua ocorrência tem se mostrado cronologicamente crescente desde a descoberta da
penicilina até os dias de hoje. Atualmente a resistência por betalactamases se torna cada vez
mais relevante em conseqüência da emergência de bactérias produtoras de betalactamases de
espectro estendido (ESBL) que constitui uma ameaça crescente à saúde pública, pondo em
risco a eficácia terapêutica de drogas de amplo espectro, defasando cada vez mais as opções
terapêuticas para as doenças infecciosas de etiologia bacteriana disponíveis atualmente. Por
serem de origem plasmidial, as ESBLs disseminam-se rapidamente o que torna urgente a
adoção de medidas estratégicas para conter esse fenômeno.
Descrição:
FERNANDES, L. S. Resistência bacteriana aos betalactâmicos por mecanismo enzimático: uma revisão de literatura com enfoque nas betalactamases de espectro estendido. 2014. 40f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Farmácia)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2014.