Resumo:
Introdução: A enfermagem é uma profissão que exige uma atenção peculiar do profissional.
Dentre as várias dimensões do trabalho em enfermagem, destacamos as equipes que
trabalham no atendimento pré-hospitalar. Atualmente, o enfermeiro é participante ativo dessa
equipe, onde desenvolve importante papel de atendimento assistencial com qualidade,
prevenindo complicações, avaliando riscos potenciais e conduzindo o atendimento de forma
segura. O sucesso do atendimento prestado pelos enfermeiros no atendimento pré-hospitalar,
também chamado SAMU vai além de outros fatores como habilidade e competência. Depende
também de profissionais capacitados do ponto de vista físico, emocional e psicológico para
enfrentar diariamente a tensão pressão e estresse gerados por sua ocupação e, além disso,
existem limites e transformações com a própria gestão do campo de trabalho. Objetivo
Geral: Identificar na ótica dos Enfermeiros do SAMU de Campina Grande os limites e
perspectivas em relação à organização do serviço. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa
exploratória descritiva com abordagem quanti-qualitativa, desenvolvido no Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência - SAMU localizado no bairro de São José na cidade De
Campina Grande – PB, com uma amostra de 35 enfermeiros. O instrumento de coleta de
dados utilizado foi um questionário de questões semiestruturadas. Após a coleta, os dados
foram processados e mascarados no programa Excel® e transcritos posteriormente para o
software IBM SPSS Statistics, versão 18.0. Foram discutidos os aspectos descritivos dos
dados e variáveis, após tal análise, avaliados qualitativamente, adotando a teoria categorial de
Bardin (2011). Resultados e discussões: O presente trabalho considera que os enfermeiros
anseiam mudar o ambiente e as condições de trabalho de alguma forma tanto para si como
para seus colegas de trabalho. Os questionários indicam que as dificuldades no serviço estão,
de maneira geral, relacionadas ao déficit de pessoal e de recursos materiais, que resultam em
número excessivo de atendimentos por enfermeiros e desequilibra a relação entre as
necessidades originais do processo de cuidar e sua operacionalização. Fatores como a
ausência de materiais e a falta de efetivo acabam interferindo num melhor atendimento préhospitalar
e já elementos como união, valorização profissional e o grupo de educação
continuada (NEP - Núcleo de Educação Permanente) que o próprio SAMU proporciona, são
fatores que podem contribuir na satisfação de suas necessidades, melhorando assim, a
qualidade de vida e os cuidados prestados a sociedade. Considerações finais: Através desta
pesquisa, pode-se considerar que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência precisa de
mudanças que tragam segurança e auxílio tanto para os profissionais Enfermeiros como para
os indivíduos que são atendidos por eles. Todas as perspectivas comentadas durante essa
pesquisa serão dadas como sugestões a diretoria do SAMU como forma de direcionar
estratégias que venham a aprimorar o âmbito de seu trabalho.
Descrição:
PONTES, M. A. Organização do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência na ótica dos enfermeiros: Limites e perspectivas. 2014. 35f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2014.