Resumo:
Mimosa tenuiflora (Wild.) Poir. e Ziziphus joazeiro Mart., espécies com diferentes
padrões de longevidade foliar da Caatinga, tiveram suas copas representadas em redes que seguem
leis gerais de funcionamento de vários sistemas naturais. Objetivou-se representar e analisar copas a
fim de identificar influências das estratégias de manutenção foliar e aproveitamento de água no solo
na ramificação aérea das árvores. A pesquisa foi realizada em um fragmento florestal de Caatinga
em uma área do semiárido brasileiro. Foram analisadas diferentes distâncias entre nós (regiões de
ramificações) em número de conectores (ramos entre os nós): nó inicial para nó final (IF), nó inicial
para nó de emissão (IE), entre nós finais vizinhos (FF) e a menor distância entre nó regular e nó de
emissão (NE). As médias e desvios-padrão de conectores para IF, FF, IE e NE foram,
respectivamente: 14,21 ± 3,89; 3,99 ± 1,90; 10,17 ± 3,58; 3,59 ± 2,25 para Z. joazeiro e 20,42 ±
8,66; 6,90 ± 6,94; 18,80 ± 8,84; 18,80 ± 8,84 para M. tenuiflora. Não houve diferenças
significativas entre as espécies (P > 0,05), implicando em estratégias similares quanto à ramificação
aérea na fase jovem. Quando comparadas com estudos realizados no Cerrado todas as distâncias
analisadas foram superiores, indicando um alto investimento em ramificações nas árvores da
Caatinga que implicaria em uma redução do fluxo de seiva na copa, mas que é atenuado por
adaptações morfofisiológicas e pode conferir à planta uma maior exposição de órgãos
fotossintéticos.
Descrição:
CAVALCANTI JÚNIOR, M. M. Arquitetura de copa e fenologia foliar de Ziziphus joazeiro Mart. E Mimosa tenuiflora (Wild.) poir., espécies arbóreas do semiárido paraibano. 2014. 47f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2014.