Resumo:
O presente artigo resulta de pesquisa cujo objetivo foi analisar os rebatimentos das precárias condições socioeconômicas das famílias de usuários atendidos pelo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II) em Campina Grande/PB, sobre os cuidados com a saúde mental. Para tanto, buscou-se identificar as condições em que vivem estas famílias, na tentativa de analisar de que maneira elas interferem nos cuidados com a saúde mental. O estudo em pauta poderá contribuir com uma maior apropriação da relação entre pobreza e adoecimento psíquico, a partir de um contexto de aprofundamento e agudizamento da “questão social”. A pesquisa foi do tipo exploratória, tendo utilizado a aplicação de formulários e entrevistas semiestruturadas, junto a dez familiares atendidos pelo CAPS II/CG. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo e indicam que desigualdades de classe interferem no processo saúde-doença, demonstrando que não é suficiente uma filosofia humanista no cuidado com a saúde mental. A humanização dos serviços e do atendimento passa inicialmente, pela garantia dos direitos sociais, e depois pela supressão da própria “questão social”.
Descrição:
LAVOR, R. de C. G. de. Pobreza e saúde mental: a relação entre condições de vida e adoecimento psíquico. 2014. 33f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Serviço Social) – Universidade Estadual da Paraíba, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, 2014. [Artigo]