Resumo:
Introdução: A reabilitação é uma das principais formas de tratamento para o AVE, pois
proporciona melhora aos indivíduos, recuperando total ou parcialmente as seqüelas causadas
pela doença, sendo essas, motoras, cognitivas, sensitivas, emocionais e sociais, destacando-se
por prejudicarem a autonomia e a independência dos indivíduos. Embora a reabilitação seja
comprovadamente benéfica, a acessibilidade aos serviços de reabilitação não é uma realidade
de todos os indivíduos após o AVE, muitas são as dificuldades de acesso da população aos
níveis secundários de assistência. Objetivo: Essa pesquisa teve por objetivo identificar o
acesso à reabilitação e o comprometimento cognitivo e neurológico dos usuários das
Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSFs) de Campina Grande – PB. Métodos: A
amostra foi composta por 38 pacientes, de ambos os sexos, com no máximo cinco anos de
acometimento do AVE, vinculados às Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSFs) no
município de Campina Grande – PB. Foi utilizado como instrumento de avaliação um
questionário elaborado pelos pesquisadores, com perguntas de caráter sócio-demográficas,
clínicas e a respeito do acesso à reabilitação. O instrumento usado para avaliar a cognição foi
o Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e para a determinação do nível de
comprometimento neurológico foi usada a Escala de Rankin. Os dados foram analisados
através do programa GraphPadPrism 4.00, sendo expressos em frequência, média, desvio
padrão da média e porcentagem. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade Estadual da Paraíba sob o Nº 08189.0.133.000-11. Resultados: A média etária
foi de 69,4 (± 14,3 anos), a maior parte da amostra era do sexo masculino (55,3%.), o tipo de
AVE mais incidente foi o isquêmico (65,8%), 81,5% apresentaram hipertensão arterial. 73,7
% tiveram acesso à reabilitação. O início da reabilitação para 71,4% foi imediatamente após a
lesão. Para 50% da amostra, o local da reabilitação foi em Centros de Reabilitação. Para
42,9%, o tempo de realização do tratamento foi mais de seis meses. Dos que tiveram acesso à
reabilitação, 39,3% continuavam em tratamento. Em relação à cognição os resultados
indicaram a presença de comprometimento cognitivo, e quanto ao comprometimento
neurológico, 57,9% apresentaram comprometimento moderado. Conclusão: Observou-se que
a maior parte dos indivíduos acometidos por AVE teve acesso a reabilitação, embora a
maioria não tenha continuado o tratamento. E que a amostra apresentou déficit neurológico
e/ou cognitivo.
Descrição:
BARBOSA, K. A. Q.
Acidente vascular encefálico (AVE): Acessibilidade à
reabilitação. 2012. 39f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fisioterapia). Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2012.