Resumo:
O envelhecimento, antes considerado um fenômeno, hoje, faz parte da realidade da maioria
das sociedades, no Brasil, as modificações acontecem de forma acelerada e significativa e,
consequentemente, despreparada nos âmbitos social, econômico e cultural, minimizando a
qualidade de vida nessa etapa da vida. São diversas as questões que acompanham o
envelhecimento da população, a diminuição no nível cognitivo em pessoas acima de 60 anos
de idade, em geral, é uma constatação frequente. Os idosos queixam-se de dificuldades com a
memória e outras habilidades cognitivas, particularmente quando comparam o desempenho
atual com o do passado. Nesta perspectiva destaca-se a importância das atividades de grupo
praticadas regularmente, as quais objetivam conferir significado e satisfação à existência, seja
pelo compromisso e responsabilidade social nela implícitos, ou oportunidade de manter
convívio social, evitando dessa forma a introspecção e o isolamento. Assim, observa-se a
relevância dos centros de convivência, para a manutenção dos aspectos biopsicossociais do
idoso. Desse modo, o presente estudo visa analisar a qualidade de vida e capacidade cognitiva
de idosos vinculados a grupos de convivência da cidade de Campina Grande/PB. A pesquisa
tem caráter descritivo, transversal, de abordagem quantitativa. Foi desenvolvido em cinco
centros de convivência localizados nos bairros de Campina Grande-PB, com uma amostra
constituída de 120 idosos com idade acima de 60 anos e que aceitassem participar da
pesquisa. Foram utilizados recursos padronizados e validados de mensuração: o questionário
de qualidade de vida WHOQOL-OLD, o WHOQOL-BREF e o Mini Exame do Estado
Mental. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética, sob o protocolo 35607914.7.0000.5187.
Houve uma representatividade expressiva da população feminina (85,8%), com uma
predominância de idosos sem companheiro (74,%), faixa etária prevalente de 70 a 79 anos
(44,%), pelo menos 28,3% (n=34) idosos, apresentam diabetes mellitus, 60,8% (n=73) são
acometidos por hipertensão arterial sistêmica e 56,7% (n=68) apresentam alguma outra
doença diagnosticada. Apresentou-se uma qualidade de vida relativamente satisfatória, com a
maior média encontrada na faceta Habilidades Sensoriais (16,60±2,67). Já com a aplicação do
instrumento WHOQOL- BREF foi obtido na faceta Relações sociais e Qualidade de vida
global e percepção geral da saúde os maiores valores na média, com 15,38±2,53 e
15,38±2,56, respectivamente. Embora que o percentual de cognição tenha representatividade
elevada 68,3% (n=82), isso não configura déficit cognitivo total. Todos foram classificados
como tendo déficit parcial. Conclui-se que a qualidade de vida assim como a cognição de
idosos apresentou-se favoráveis. E que os Centros de Convivência apresentam-se como
suportes para que esses parâmetros tenham sido positivos.
Descrição:
SANTOS, J. S. Qualidade de vida e capacidade cognitiva de idosos participantes de grupos de convivência. 2016. 23f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2016.