Resumo:
O surgimento de resistência à maioria dos agentes antimicrobianos de uso difundido é um
problema que impulsiona a pesquisa, no sentido de buscar novas moléculas com essa
propriedade ou compostos que auxiliem no combate a cepas resistentes e os produtos
naturais têm se mostrado eficazes neste sentido, demonstrando capacidade de otimizar a
eficácia de antibióticos mesmo contra cepas a eles resistentes. Assim, foi avaliado a
eficácia in vitro de cinco plantas medicinais (Acanthospermum hispidum, Croton
campestris, Guapira graciliflora, Pseudobombax marginatum e Punica granatum) em
modular a resistência microbiana, frente a cepas ambulatoriais e ATCC de
Staphylococcus aureus resistentes a Eritromicina. Foram determinadas as concentrações
inibitórias mínimas (CIM) dos extratos etanólicos e do antibiótico pelo método de
microdiluição, e em seguida, determinadas as CIM do antibiótico na presença de uma
concentração sub-inibitória do extrato. A razão entre a CIM do antibiótico na presença
do extrato e a CIM do antibiótico foi usada para classificar a ação do extrato como
sinérgica, indiferente ou antagônica. Os resultados mostraram que todas as plantas
testadas mostraram a capacidade de modular a resistência dos microrganismos a
Eritromicina, sendo C. campestris e G. graciliflora as que mais se destacaram. Estes
dados indicam que estas plantas possuem capacidade de modulação da resistência
antimicrobiana a Eritromicina, sendo esta eficaz mesmo em doses mínimas, ajudando a
reduzir a toxicidade do tratamento e mantendo a segurança e eficácia deste agente
antimicrobiano.
Descrição:
BARBOSA, A. S. Atividade moduladora de extratos de plantas medicinais sobre a resistência de cepas de Staphylococcus aureus à eritromicina. 2014. 19f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Farmácia)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2014.