Resumo:
A Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTI/P) é um espaço completo
dotado de aparelhos de monitorização contínua que visa à recuperação da saúde de
pacientes com idade de 29 dias de nascidos até adolescentes com 17 anos 11
meses e 29 dias em condição potencialmente grave ou com descompensação de
um ou mais sistemas orgânicos. A Sistematização da Assistência de Enfermagem
(SAE) configura-se como uma metodologia para organizar e sistematizar o cuidado,
com base nos princípios do método científico. A SAE aplicada aos pacientes da
UTI/P proporciona uma assistência individualizada e baseada nas reais
necessidades do indivíduo. Esta pesquisa teve por fim analisar as intervenções
prescritas pelos enfermeiros aos dez diagnósticos de enfermagem mais frequente na
UTI Pediátrica, comparando com as intervenções propostas pela Nursing
Interventions Classification (NIC) e literatura especializada. Tratou-se de um estudo
com abordagem quantitativa, que teve como campo a UTI Pediátrica de um Hospital
Público em Campina Grande – PB composta por 10 leitos. Os 10 diagnósticos de
enfermagem mais frequentes na UTI Pediátrica foram distribuídos aos 13
enfermeiros do setor para que eles descrevessem os cuidados que prescreveriam
para cada um deles, e posteriormente foi feita uma análise comparativa com as
intervenções descritas na Nursing Interventions Classification (NIC) e literaturas
pertinentes; os dados receberam tratamentos estatísticos simples feitos pelo
programa Excel 2007 e foram apresentados na forma de tabelas. Foram respeitados
os direitos dos pesquisados conforme Resolução 466 de 12/12/2012. Aos
resultados, foi observado que os diagnósticos obtiveram a citação de intervenções a
seguir: para “Risco de infecção” houve 15 intervenções prescritas; “Motilidade
gastrintestinal disfuncional” (14); “Desobstrução ineficaz de vias aéreas” (15); “Risco
de integridade da pele prejudicada” (13); “Risco de trauma vascular” (15); “Dor
aguda” (7); “Constipação” (8) e “Integridade da pele prejudicada” (15). Os resultados
mostraram que muitos enfermeiros não estão habituados a diagnosticar; também
falta o manuseio e utilização dos exames complementares e laboratoriais para
relacionar ao cuidado, o que aponta para a dificuldade e falta de precisão,
evidenciada na prescrição dos enfermeiros e, com isso, muitos deixaram
transparecer uma resistência para prescrever os cuidados de enfermagem aos
diagnósticos e, até mesmo, no uso da SAE. Os resultados também apontaram que a
SAE ainda não é uma prioridade e, nem tão pouco, familiar na pratica do enfermeiro.
Descrição:
SANTOS, L. C. dos. SAE: intervenções de enfermagem em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica – Literatura versus prática. 2014. 74f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2014.