Estado nutricional de vitamina A de crianças institucionalizadas: associação com características das crianças, das creches e o crescimento linear

Abstract

Estudo transversal com o objetivo de descrever fatores associados ao estado nutricional de vitamina A de crianças assistidas em creches e comparar o comportamento de acordo com a presença/ausência de déficit de estatura. O estudo contou com a participação 271 crianças assistidas nas creches públicas municipais de Campina Grande, Paraíba. Foram mensuradas variáveis bioquímicas, parasitológicas, antropométricas e relacionadas às características das creches. O estado nutricional de vitamina A foi avaliado mediante as concentrações séricas de retinol. O crescimento linear foi avaliado através do índice estatura para idade. Utilizou-se o teste “t” para verificar diferenças entre as médias das concentrações de retinol no soro das crianças segundo categorias das variáveis categóricas. A média de retinol no soro foi de 1,68 μmol/L (0,45). O nível de retinol em crianças da faixa etária de 9 a 24 meses mostrou-se inferior quando comparado ao apresentado por aquelas com mais de 24 meses. O nível de retinol sérico também foi mais baixo em crianças com poliparasitismo (M=1,61μmol/L ± 0,44) do que aquelas que não apresentaram poliparasitismo (M=1,74μmol/L ± 0,45). Foi verificado que as crianças assistidas em salas com área inadequada apresentaram nível de retinol menor que as crianças de sala com área adequada. Os dados evidenciam melhorias no estado nutricional de vitamina A de crianças e a influência da idade das crianças, do estado de saúde e das condições das creches, com maior vulnerabilidade à deficiência de vitamina A nas crianças mais jovens, poliparasitadas e em salas de aula inadequadas.