Resumo:
No presente trabalho, buscamos responder às questões que nortearam nossa pesquisa: O que
levou Kepler a pensar de forma diferente dos modelos clássicos vigentes à sua época? O que
tinha de concreto para renunciar ou abandonar esses modelos? No intuito de resposta,
objetiva-se, de modo geral, descrever o desenvolvimento da primeira lei de Kepler e os fatos
que o levaram a renunciar a visão ortodoxa da uniformidade dos movimentos planetários. De
modo específico, discutir o surgimento do dogma relativo ao movimento circular ao longo da
astronomia clássica e ressaltar a importância da contribuição de outros estudiosos para a
elaboração da Primeira Lei. Para tanto, buscamos na literatura alguns pressupostos históricos
que nos provessem informações significativas e dessem aporte científico confiável. Usamos
como ferramenta metodológica, dentro de uma abordagem qualitativa, a pesquisa
bibliográfica. Chegamos a resultados satisfatórios dentro de nossas pretensões na consulta a
fontes originais, uma vez que estas mostraram os aspectos determinantes que fizeram Kepler
rejeitar o uso do movimento circular uniforme na descrição do movimento planetário, apesar
de esse tipo de movimento estar presente em todos os modelos cosmológicos anteriores a
Kepler, tendo se tornado dogma inabalável por vários séculos. Em perspectiva mais ampla, a
presente pesquisa aponta para outras vindouras, já que o processo de reconstrução histórica a
que nos propomos é bastante complexo e exige uma maior disponibilidade de tempo para
abordar alguns aspectos específicos não contemplados.
Descrição:
BARROS, A. de A. A Primeira Lei de Kepler e o fim do Dogma Circular nos modelos cosmológicos. 2016. 43f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Física)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2016.