Resumo:
A fim de conhecermos sobre o desenvolvimento humano e algumas de suas especificidades, buscamos, por meio dessa pesquisa compreender, através de aportes teóricos, como ocorre o desenvolvimento de uma pessoa autista. Assim, o objetivo central do referido estudo foi investigar, na prática escolar, como professoras concebem a inclusão de crianças autistas na rede regular de ensino. Acreditamos que, enquanto profissionais da educação, conhecer como se dá o processo de desenvolvimento da aprendizagem dos indivíduos se faz imprescindível. É necessária a procura de conhecer o outro em suas possibilidades. Para isso, a busca pela formação continuada por parte de mediadores de conhecimento deve acontecer de maneira ininterrupta. A nossa pesquisa encontra-se fundamentada sob as ideias de Goffman (2008) que nos traz estudos sobre o indivíduo estigmatizado no meio social; Gómez e Terán (2014) que estudam sobre os transtornos de aprendizagem, autismo e o desenvolvimento infantil; Silva (2012) acerca das conceituações de autismo e elementos que influenciam a vida do autista e de quem convive com o mesmo; Vygotsky (1998) tratando sobre a aprendizagem e o desenvolvimento humano; Mazzotta (2005) sobre as políticas públicas referentes à Educação Especial e Inclusiva no Brasil; Legislações e outros enfoques que tratam sobre o tema em questão. A pesquisa justifica-se pela necessidade em compreender como a inclusão de crianças com Transtornos de Espectro Autista está ocorrendo na escola regular. Para início de uma discussão, questionamos quatro professoras de uma instituição particular no município de Remígio – PB a respeito de suas visões e conhecimentos sobre o tema. As entrevistas foram realizadas no mês de novembro de 2014. Os dados demonstraram que as professoras não tiveram uma formação para trabalhar com alunos autistas em sala de aula; que os alunos autistas não têm um atendimento individualizado na escola pesquisada; as professoras demandam um cuidador; que o apoio da família é fundamental. Concluímos nosso estudo sugerindo que os profissionais da educação realizem uma auto avaliação de seus conhecimentos e práticas no cotidiano escolar, a fim de compreender de que modo está favorecendo a inserção, exclusão ou inclusão de seus alunos autistas, tendo em vista que o seu modo de ser e agir influencia diretamente no desenvolvimento de seus alunos, com ou sem necessidades educacionais especiais.
Descrição:
Silva, P. E. da. Espectro autista na educação inclusiva: uma prática pedagógica investigativa. 2015. 68f. Monografia (Especialização em Desenvolvimento Humano e Educação Escolar) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2015.