Geometria plana e inclusão: desafios e oportunidades no ensino de alunos(as) autistas

Abstract

A escolha do tema justifica-se pela dificuldade de inclusão no processo de ensino e aprendizagem de estudantes deficientes, e tem como objetivo investigar os desafios e as oportunidades no ensino da geometria para alunos autistas, por meio da utilização de materiais manipulativos, como o Geoplano e o Tangram. A pesquisa foi realizada com dois alunos do 8º ano do Ensino Fundamental, diagnosticados com autismo de suporte 3, da Escola Municipal José Paulino de Siqueira, em Santa Terezinha, Pernambuco. A metodologia envolveu a confecção artesanal do Tangram e do Geoplano, que foram utilizados como recursos pedagógicos para facilitar e ludificar na aplicação e compreensão no conteúdo das formas geométricas e das propriedades matemáticas de maneira mais concreta e acessível. Durante a aplicação das atividades, observou-se o impacto desses materiais na evolução das habilidades cognitivas, motoras e socioemocionais dos alunos, com destaque para o desenvolvimento do raciocínio lógico e da percepção visual. Além disso, foi evidenciado que, apesar das dificuldades iniciais de um dos alunos, estratégias de influência no comportamento desejado e a colaboração entre os participantes contribuíram para superar as barreiras e aumentar o engajamento nas atividades. O estudo conclui que o uso de jogos manipulativos como o tangram e o geoplano tem um impacto positivo na aprendizagem de geometria, especialmente quando são adaptados às necessidades individuais dos alunos com autistas, promovendo não apenas a compreensão dos conteúdos matemáticos, mas também o fortalecimento da autoestima e da convivência social, recomendando a continuidade da utilização de práticas pedagógicas inclusivas e dinâmicas no ensino desses estudantes.