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O brinquedo tem um papel importante na construção da identidade da criança.
Dentre os brinquedos mais atrativos, escolhemos a boneca Barbie como o mais
representativo para analisar a sua influência no padrão de beleza, o consumo infantil da
boneca e o modelo de feminilidade divulgado pela marca, bem como nos interessa
focalizar a sua abordagem da diversidade étnico-racial. Na área da pedagogia cultural,
buscamos: analisar o lugar do brinquedo no processo de construção da identidade da
menina; discutir o padrão de feminilidade oferecido pela Barbie no século XX; informar
as adaptações ao padrão proposto pela boneca no trabalho com as diferenças étnicoraciais;
e, por último, identificar e comentar a boneca Barbie no quadro mais amplo do
consumo infantil feminino. Para o alcance dos nossos objetivos, organizamos um banco
de imagens, consultamos blogs e sites, coletamos folhetos e revistas, dentre outros. Na
fundamentação da pesquisa, adotamos os seguintes referenciais teóricos: o brinquedo na
pós-modernidade e a construção corporativa da infância, segundo Steinberg e Kincheloe
(2001); a boneca Barbie e o consumo infantil, segundo Steinberg (2001); a construção
dos modelos de feminilidade e da identidade de meninos e meninas, segundo Paechter
(2009); a erotização dos corpos infantis, segundo Felipe (2010); as diferenças culturais,
segundo McLaren (1997); a mídia e consumo infantil, segundo Schmidt (2012); a
boneca Barbie e a educação das meninas, segundo Roveri (2012); o brincar na educação
infantil, segundo Friedmann (2002). Dentre as conclusões, apontamos a Barbie como a
boneca que incorpora vários estereótipos, ao mesmo tempo em que se constitui em
objeto atrativo às crianças, criando vícios de consumo, estabelecendo modelos de
feminilidade e investindo no consumo multicultural, mesmo que surjam concorrentes a
tendência é que a boneca torne-se mais forte no mercado. |
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