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O interesse pelo tema surgiu a partir do trabalho com o ensino de geometria no Leitura e
Escrita em Educação Matemática (LEEMAT) – Grupo de Pesquisa, no Centro de Ciências
Humanas e Exatas da Universidade Estadual da Paraíba. Em estudos no (LEEMAT)
percebemos que o abandono do ensino de geometria é mundial, ocasionado por professores
despreparados, influência do livro didático e o Movimento da Matemática Moderna (MMM).
Todos esses fatores contribuíram para que o ensino de geometria fosse praticamente excluído
da sala de aula. Nesse sentido, surgiu a necessidade de pesquisar e refletir como está se dando
o ensino de geometria na atualidade. Diante disso, esse trabalho tem como questão
fundamental: Os motivos e dificuldades apresentados hoje pelos professores para ensinar
geometria nos anos iniciais são semelhantes àqueles apresentados pelos professores nas
décadas de 1980 e 1990? A partir da questão proposta para este estudo delineamos como
objetivo geral refletir sobre as diferenças entre o ensino de geometria nas décadas de 1980 e
1990, e na atualidade, contemplando as dificuldades e motivos apresentados pelos professores
que ensinam Matemática. Fizemos isso a partir de Lorenzato (1995) e Pavanello (1989) no
que diz respeito às décadas de 1980 e 1990. Para averiguar se essa situação permanece até
hoje, na cidade de Monteiro fizemos uma pesquisa de campo de cunho qualitativo, com
professoras do quarto e quinto anos do Ensino Fundamental. Nesse projeto buscamos
averiguar e refletir sobre a realidade do ensino de geometria nessa região. Apesar de nos
remetermos a pesquisas de épocas passadas concluímos que, embora os motivos apresentados
não sejam os mesmos, o ensino de geometria mudou pouco, hoje permanece sem receber a
atenção que deveria. O ensino de geometria nas escolas investigadas continua sendo
prejudicado e reduzido, certamente, esse fato pode ser mais abrangente. Nosso interesse foi
subsidiar as professoras para que sanassem dificuldades referentes aos conteúdos de
geometria, para isso invertemos a lógica tradicional de seu ensino. Ao invés de partir dos
conceitos de ponto, reta, conteúdos e procedimentos da geometria plana, e, só depois, ao
espaço, fizemos o caminho inverso. Percebemos que as professoras-cursistas adquiriram um
novo olhar para o ensino de geometria, contribuindo para reflexões sobre o cenário desse
ensino, que vem se arrastando ao longo do tempo. |
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