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Este artigo tem como objetivo apresentar a jornada do herói e seus aspectos simbólicos como
uma analogia à imersão no inconsciente, que configura parte de um longo e complexo
processo de desenvolvimento pessoal. Consideramos conceitos e abordagens da Psicologia
Analítica desenvolvida por Carl G. Jung, como arquétipos, inconsciente coletivo e
individuação, para analisar a obra Alice’s Adventures in Wonderland, de Lewis Carroll,
relacionando o caminho da protagonista à jornada arquetípica como identificada por Joseph
Campbell. A jornada do herói representa os ritos de passagem das narrativas mitológicas e
pode ser vista como uma metáfora do processo de desenvolvimento individual, ou
individuação. Considerando a jornada de Alice, propomos uma análise da história enquanto
sonho, entendendo-o como um meio através do qual o inconsciente se mostra, revelando,
simbolicamente, aspectos da psique que ainda não foram apreendidos conscientemente. A
jornada de Alice fala de amadurecimento, enquanto ela se depara com os muitos ajustes
necessários no período de transição entre a infância e o início fase adulta, assimilados e
expostos pelo inconsciente em forma de sonho. Passagens da história como a queda na toca
do coelho, o corredor de muitas portas, as mudanças de tamanho, e o encontro com vários
personagens serão destacadas como importantes reflexos desse processo. |
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