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Brincar no ensino fundamental é uma discussão pouco explorada se comparado o nível das discussões do mesmo tema dentro do contexto da educação infantil. Com a ampliação do ensino fundamental de oito para nove anos amplia-se mais um ano para a aprendizagem escolar e antecipa-se a entrada da criança nessa etapa da educação básica, porém, é necessário compreender que as características próprias da infância não mudam independentemente da fase escolar em que a criança seja inserida. O brincar adquiri nesse estudo um caráter importante no desenvolvimento e aprendizagem infantil, tendo em vista tal importância, essa pesquisa teve como objetivo analisar o olhar do docente atuante no 1º ano do ensino fundamental a respeito do lúdico em sala de aula. Foi realizada uma pesquisa de natureza qualitativa, dos tipos bibliográfica e de campo. Quatro escolas públicas, localizadas no município de Lagoa Seca-PB, serviram de campo de investigação. Os instrumentos de coleta de dados foram entrevistas focalizadas (GIL, 1999), realizada junto a professores dessas referidas escolas, bem como a observação participante a alunos do referido ano de ensino. Para a análise dos dados, utilizamos como metodologia a árvore de associação de sentidos proposta por Spink e Lima (2004). Os dados apontam que há uma contradição na fala dos professores entre aquilo que reconhecem como importante e o que de fato é feito na prática na rotina pedagógica, um “vilão” que aparece como impedimento para que o lúdico aconteça na sala de aula é o atual sistema educacional e suas cobranças. E ainda, apontam para uma diferenciação entre o conceito de lúdico para o aluno e para o professor. Enfim, concluímos que se faz necessário uma reflexão coletiva, por parte dos que estão na gestão do fazer pedagógico nos primeiros anos do ensino fundamental, no sentido de que esta reflexão provoque mudanças no currículo existente, para que se possa considerar o lúdico como atividade inerente a infância e como um caminho para seu desenvolvimento e sua aprendizagem. |
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