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A escola vem reproduzindo, diariamente, uma identidade de gênero conforme os
padrões vigentes e aceitos na sociedade. E isso começa na Educação Infantil já que
elas não nascem conhecendo os estereótipos que a sociedade tem muito presente,
como normas. Diante disso, o objetivo deste trabalho é investigar as interações
existentes entre professores e crianças na Educação Infantil, a partir da (re)produção
da identidade de gênero. Para isso, utilizamos como referência os estudos dos
autores FELIPE (2000), FINCO (2003), ROCHA (1998), Guacira Lopes Louro (2002),
dentre outros. Lopes (2002) defende que a Educação está implicada, seja também
qual for à concepção que se assuma, num processo de construção de sujeitos. A
escola é uma instituição social que propaga e transcreve valores e comportamento
que na sua visão são considerados como os mais adequados, com a diferenciação
dos sexos, a partir do vestuário, das brincadeiras e das relações dentro da escola,
formando assim sujeitos masculinos e femininos. Esta pesquisa, que se configura
com um estudo de caráter exploratório, que tem como sujeitos duas professoras do
ensino infantil, nos mostra que os profissionais da educação não consideram a
importância da interferência de suas práticas na construção das identidades de
gênero das crianças. Na escola, assim como na família, as crianças estão totalmente
expostas a modelos de identidades de masculinidade e feminilidade; tanto as meninas
quanto os meninos são tratados de forma diferenciada por parte dos professores,
baseado em comportamento adequado para cada sexo. |
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