Resumo:
O presente trabalho tem como objetivo principal analisar a presença da memória e das tradições na crônica “Sertaneja” da escritora cearense Rachel de Queiroz. Para tanto, observa a maneira como a descrição de costumes evidencia e valoriza a cultura nordestina e, em particular, o sertão através de um olhar intimista que a autora utiliza para fazer um paralelo entre o Rio de Janeiro e o cotidiano do sertanejo. A comparação enfatiza as diferenças existentes no modo de ver a vida das pessoas que convivem no centro urbano e as do campo. Na crônica, é possível perceber um direcionamento do texto para um espaço de diálogo em que as marcas de representatividade e de pertencimento se mostram presentes em toda a narrativa. Assim, analisam-se também as referências de identidade que se constroem a partir da memória cultural, das relações que o homem estabelece com a terra e em particular com a descrição do cotidiano, tendo no texto literário a possibilidade de preservar um universo identitário valoroso para a autora em estudo. Neste viés, o presente artigo é resultado de um estudo crítico-interpretativo da crônica selecionada, embasado nas discussões teóricas acerca da identidade e da memória propostas por Hall (2005), Antonio Candido (2000).Halbwachs (2006), dentre outros.
Descrição:
NEVES, D. de L. A narrativa de memória na crônica Sertaneja de Rachel de Queiroz: tradição e identidade. 2016. 25 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras - com habilitação em Língua Portuguesa) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2016.