dc.description.abstract |
As crianças desde muito pequenas são moldadas para que aceitem e assumam os "rótulos" que a sociedade lhes reserva. Para os meninos espera-se sempre que sejam os que comandam, ditam regras, para isso as brincadeiras oferecidas são sempre as mesmas: aprender a pilotar motos, dirigir carros, jogar bolas esperando-se deles agressividade, capacidade de liderança, racionalidade. Já com as meninas espera-se delicadeza, sensibilidade e beleza, oferecendo sempre as brincadeiras com sentimentos mais delicados, como aprender a cuidar de uma boneca, aprender como cozinhar, como cuidar de uma casa. É comum encontrarmos nas escolas, a separação do que é para menino e o que é para menina. "Futebol não é para menina, roupa rosa não é para menino". "Menino não brinca de boneca, menina não brinca de carrinho". Com o objetivo de compreendermos como acontecem as relações de gênero no dia a dia das crianças,fazendo essa análise em duas instituições na cidade de Campina Grande – PB entre fevereiro a junho de 2017. Uma de esfera pública localizado no bairro da Liberdade-CG, e outra de esfera privada situada no bairro do Alto Branco- CG.Para tanto foram aplicados questionários com as professoras da Educação Infantil, bem como foi feita a observação da rotina das crianças em sala de aula e na hora do recreio. Diante de observações realizadas nas duas instituições escolares, pudemos perceber como essas práticas estão presentes e ao mesmo tempo são despercebidas pela escola e por professores. Como a sociedade, a família a escola e a religião possuem uma parcela de responsabilidade nessa criação estereotipada em relação ao sexo das crianças. Essas normas sociais prescrevem posturas, comportamentos, atitudes diferenciadas para homens e mulheres, desde a infância, tais atitudes são enraizadas através dos relacionamentos, na escola, muitas das vezes reforçado pela família construindo assim valores, que sutilmente vamos seguindo por toda uma vida. A partir do diagnóstico foi possível sugerir que a escola/professor (a) incorpore o debate das questões de gênero, refletindo sobre a prática escolar na perspectiva de gênero, desenvolvendo trabalhos que abordem e debatam práticas sexistas. |
pt_BR |