Resumo:
No Brasil, o direito à saúde se insere na órbita dos direitos sociais constitucionalmente garantidos. No entanto, o baixo investimento no sistema público de saúde tem promovido sua precariedade e impedido o exercício do direito à saúde que é indissociável do direito à vida. Nesse contexto, o cidadão brasileiro, em especial o de baixa escolaridade e renda, passa assumir despesas com saúde, que na maioria das vezes, são incompatíveis com seu poder aquisitivo. Este estudo tem como objetivo analisar se há ocorrência de casos de gastos catastróficos nos usuários do SUS atendidos na Unidade de Pronto Atendimento – UPA – do município de Campina Grande – PB. Para tanto foi realizada uma pesquisa descritiva de caráter exploratório. Para coleta de dados utilizou-se um formulário, adaptado da Pesquisa de Orçamento Familiar aplicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os dados foram tratados através da proposta por Bos e Waters (2008) que permitiu observar a incidência de gastos catastróficos em saúde relacionando renda e escolaridade do grupo em foco. Os resultados indicam que, na composição dos gastos, o que mais gera gastos catastróficos, nas famílias de menor renda, são as despesas com medicamentos, enquanto que nas famílias de renda mais elevada, os custos com planos de saúde privados levam a gastos catastróficos. Conclui-se, portanto, que existem casos de gastos catastróficos na população pesquisada, usuários da UPA- Campina Grande – PB.
Descrição:
RIQUE, M. C. Gastos catastróficos com saúde: um estudo de caso com os usuários do SUS do município de Campina Grande - PB. 2017. 19f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Administração) – Universidade Estadual da Paraíba, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, 2017. [Artigo]