Resumo:
O presente estudo analisa os principais elementos que envolvem a incipiente participação dos homens nos serviços de saúde a partir da atenção básica. Fruto da inquietação adquirida durante o período de estágio em Serviço Social realizado na Estratégia Saúde da Família Wesley Cariri Targino, no bairro Nova Brasília, Campina Grande – PB, no período de a fevereiro de 2015 à outubro de 2016. O estudo foi realizado a partir das observações vivenciadas em campo de estágio, devidamente registradas em diário de campo. Também foi realizado um levantamento documental e bibliográfico por meio da Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem, de artigos científicos publicados em periódicos sobre o tema, através de estudos que trazem a discussão da Saúde do Homem. O estudo teve como objetivo geral analisar os limites culturais e institucionais que trazem influência a não efetivação da Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem. Os resultados obtidos pelo estudo realizado apontam que a ausência dos homens nos serviços de saúde ainda é consequência de um padrão cultural que não educa o homem a cuidar da sua saúde, ao contrário há ainda um pensamento presente na sociedade que a função do homem é manter a sua casa economicamente. Tal pensamento impede os cuidados de saúde. Contrapondo-se a este pensamento, se analisa o fato de na atualidade muitas mulheres exercerem dupla jornada de trabalho e ainda assim, terem um autocuidado maior que os homens. A partir desses elementos se relata as observações feitas no estágio, em especial no que tange a saúde do homem, e se evidencia, além da ausência masculina, o insuficiente investimento político-administrativo para com a atenção masculina, o que acreditamos trazer consequências diretas para a real efetivação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem.
Descrição:
MEDEIROS, C. L. L. de. A saúde do homem a partir da atenção básica: por que eles não procuram a estratégia saúde da família? 2017. 24f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Serviço Social) – Universidade Estadual da Paraíba, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, 2017. [Artigo]