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Muitas populações das cidades do Nordeste brasileiro estão atualmente sofrendo com a escassez de água, sobretudo nas áreas localizadas na região Semiárida, devido a irregularidade das chuvas, bem como, com a rápida evaporação dos rios devido as altas temperaturas, além da falta de gestão ambiental no uso desse recurso por parte da ação antrópica. Pensando nessa problemática, está pesquisa tem como objetivo analisar a interferência da crise hídrica na qualidade de vida da população de Campina Grande-PB, tendo em vista que o racionamento deste recurso afeta os aspectos da vida social, econômica, ambiental e da saúde da população. Como aspectos metodológicos esta pesquisa é exploratória e descritiva. Utiliza-se ainda, como procedimento técnico, o estudo de caso, e em relação à abordagem do problema, a pesquisa trata-se de quali- quantitativa. Em relação a pesquisa de campo foi realizado in loco, a aplicação de questionário estruturado, aplicado junto aos moradores de Campina Grande. Como resultados evidenciou-se que um dos maiores desafios do racionamento hídrico segundo os respondentes foi efetivar práticas de educação ambiental e adaptar a casa e suas famílias para essa nova rotina. Uma das mudanças foi realizar o reuso da água como foi destacado em 79%, tendo como intenção usar a água para descargas nos banheiros em 57%. 52% afirmaram que sua qualidade de vida não foi afetada com o racionamento hídrico e 48% destacaram que sim. Em relação a confiança na água disponibilizada pela Cagepa para beber e cozinhar seus alimentos 84% afirmaram que não confiam na água e 92% destacaram que consumir a água do açude de Boqueirão poderia diminuir a sua qualidade de vida. Conclui-se que, a qualidade de vida é algo que se configura na dimensão individual de cada pessoa, muitos aprenderam a dar mais valor a água depois do racionamento hídrico, pois a água é um bem essencial para a vida na Terra, por isso seu uso e gestão devem ocorrer com mínimo possível de impactos e desperdício hídrico. |
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