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É de conhecimento geral que a literatura é construída através da utilização única da
linguagem, esta que dá a cada escritor um estilo próprio. Um dos principais elementos para a
construção literária é utilização das metáforas, que, com o surgimento do cinema, sai do papel
e ganha vida nas telas cinematográficas. Sendo assim, o presente trabalho tem como principal
objetivo estabelecer uma relação entre duas linguagens de criação da arte: a literária e a
fílmica. Predemo-nos ao estudo das metáforas utilizadas pela autora Clarice Lispector em A
hora da estrela em comparação com sua tradução para a linguagem cinematográfica feita por
Suzana Amaral em 1985. Pretendemos, com este trabalho, estabelecer as relações inerentes às
linguagens cinematográfica e literária que possibilitam a tradução de uma para a outra através
da transposição de elementos que se ligam em ambas. Para isso, tomamos como referencial
teórico os autores: BRANDÃO (1989), COELHO (1974), COHEN (1977), DAVIDSON
(1992), JAKOBSON (1977), MARTIN (2005), STAM (2011), XAVIER (2005), entre outros.
A partir do estudo elaborado, percebe-se uma ligação intersemiótica entre as linguagens em
estudo, de modo que a tradução do literário para as telas ganha um novo campo significativo,
por ser construído através da utilização dos signos imagísticos. Percebe-se assim, que o
cinema insere um novo plano interpretativo para o que é proposto pela autora em sua obra,
mostrando um novo modo de olhar para a história e sua linguagem. |
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