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Este artigo prioriza a figura do professor colaborador (ou professor regular da educação básica) ao
avaliar os estagiários em turmas de intervenção, na educação básica. Especificamente, pretende-se
observar os pontos positivos e negativos ressaltados por esse sujeito, ao refletir sobre o desempenho de
estagiárias, e analisar as fases da vida profissional (HUBERMAN, 1995) dessa docente, em especial,
da “diversificação” e da “serenidade e distanciamento afetivo”, reveladas em seu discurso. Para isso,
foram consideradas, como bases teóricas, autores como, Pimenta e Lima (2009), Reichmann (2015) e
Tardif (2002), para citar alguns. Assim, foi feita uma pesquisa qualitativo-interpretativa
(GODOY,1995), a partir da escrita de um relato de experiência de observação (SANT´ANA, 2001), no
qual a professora colaboradora avalia a experiência de três duplas de estagiárias que ministraram aulas
em suas salas, de agosto a outubro, do ano de 2016. Os resultados indicam, sobretudo, que, entre os
pontos positivos, a professora colaboradora destacou o domínio de conteúdo e da turma, desenvoltura,
interação, clareza, atenção e, como negativos, insegurança na condução das aulas, falta de atividade,
de autonomia, de planejamento e nervosismo. Quanto às fases do ciclo profissional, destacam-se,
predominantemente, as fases: da diversificação, quando a professora ressalta a falta de domínio de
conteúdo e a segurança das estagiárias ao ministrarem as aulas; e a da serenidade e distanciamento
afetivo, quando a colaboradora revela sua opção por rotinas escolares, como a restrição à correção de
atividades, sem o envolvimento com o alunado. Portanto, a participação do docente da escola na
avaliação das docentes em formação constitui um outro olhar para o desenvolvimento profissional
desses licenciandos, nesse caso específico, de Letras-Português, que nem sempre é o esperado. |
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