Resumo:
O presente artigo tem como objetivo geral discutir a consciência transitória do
narrador personagem do romance contemporâneo- Nossos Ossos- obra do escritor Marcelino
Freire, cujo tema permeia entre fatores característicos da sociedade periférica urbana e a
individualidade do sujeito coletivo refletidas nas ações do protagonista. Abordaremos sob as
teorias do crítico literário Paul Zumthor (2005), as marcas de oralidade como suporte
realístico presente na obra, visto que a voz narrativa demonstra indícios vocais que
disseminam numa suposta exteriorização oral dos textos poéticos, dado ao fato que a narrativa
se constituí em uma única voz que relata acontecimentos numa linguagem rítmica, dinâmica e
sonora. Ademais, a análise será pautada na reflexão decorrente da rotatividade das relações
sociais amorosas responsáveis pela geração de sentimentos de insegurança e solidão sob a
ótica do sociólogo Bauman (2001). A Pesquisa relacionada aos conflitos nas relações
amorosas na sociedade pós-moderno, dará ênfase as situações de encontros e desencontros
vivenciados pela consequência da fragilidade nos laços afetivos. Portanto, propomos uma
análise reflexiva referente à observação dos índices de verossimilhança presentes nos relatos
pessoais do personagem Autodiegético Heleno de Gusmão.
Descrição:
SILVA, E. F. Nomadismo e solidão: a oralidade como suporte realístico presente no romance de Marcelino Freire. 2017. 26 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras - com habilitação em Língua portuguesa ) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2017.