A cultura de contação de História: Ressignificado Saberes na Formação de Leitores

Abstract

Este trabalho apresenta A Cultura de Contação de Histórias: Ressignificando Saberes na Formação de Leitores. Definiu-se como objetivo geral, analisar como a cultura da contação de histórias contribui para a formação de leitores, de forma específica elegeu-se investigar como a contação de histórias é trabalhada no contexto escolar pelas professoras, a partir de experiências vivenciadas nas suas histórias de vida e verificar como essas contribuíram na constituição de suas subjetividades; observar como a contação de histórias interfere na imaginação e criatividade dos alunos e enfatizar que, a contação de histórias é uma cultura que existe desde os tempos mais remotos, como forma de compartilhar saberes de forma dinâmica para compreensão do mundo contemporâneo. A pesquisa foi desenvolvida a partir de uma metodologia qualitativa, numa perspectiva participante e teve como sujeitos professoras e contadoras de histórias das cidades de Remígio e Campina Grande- Paraíba. Para a coleta de dados utilizou-se de visitas, observações, conversas informais, participação em reuniões, eventos e entrevistas semiestruturadas, além de registros fotográficos e anotações. Como resultado da pesquisa, pode-se inferir que o mediador dessas narrativas precisa envolver os alunos e os demais ouvintes de forma lúdica e participativa nas histórias contadas, ressignificando saberes, para que estes possam se relacionar com autonomia, com os livros e o cotidiano. Dessa forma, a partir dessa pesquisa pode-se demonstrar que a cultura de contação de história contribui para formação de leitores. De acordo com os dados, a experiência enraizada na história de vida, por meio dessa vivência, possibilita o resgate de uma prática ancestral que trabalha com narrativas orais, de forma menos técnica e mais prazerosa, significando dizer que o prazer, o lúdico e a sensibilidade são caminhos para a ampliação do universo da imaginação e criatividade, implicando na formação de leitores autônomos, capazes de ir além da codificação, voltando sua atenção para as possibilidades de criação e sentido para sua existência frente às questões e desafios da realidade. Com base nos estudos de Abramovich (2004); Bamberger(1987);Busatto(2007);Freire(2011),Vigotski(2014) e outros.