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Ser bilíngue não se restringe apenas ao uso e as habilidades de dois códigos linguísticos, mas
a benefícios cognitivos que vislumbram melhorias na qualidade de vida, no tocante as
eventuais perdas cognitivas que surgem com o avanço da idade. Assim, o presente estudo tem
como objetivo discutir a contribuição do bilinguismo na atenuação do retardo cognitivo no
envelhecimento. Para tanto, faz-se necessário determinar os sujeitos bilíngues, descrever o
funcionamento do controle executivo e desenvolvimento da reserva cognitiva nesses
indivíduos, além de retratar como ocorrem as demências na terceira idade. Dessa forma, tratase
de uma revisão de literatura, de caráter exploratório, em que buscamos evidencias de como
o indivíduo bilíngue (GROSJEAN, 1999) apresenta um fortalecimento cognitivo
(BIALYSTOK, 2004, 2009) que favorece o retardo dos sintomas iniciais das demências
(BIALYSTOK; CRAIK, 2010; KRAMER; MOTA, 2011; ABUTALEBI et al., 2015).
Ademais, apresentamos resultados de pesquisas internacionais e nacionais, expondo suas
congruências e incongruências. Portanto, esse estudo contribui para demonstrar a amplitude
da interferência do bilinguismo, não apenas relacionado a avanços no bem-estar do sujeito
bilíngue, mas com vistas ao desenvolvimento e ampliação do ensino de uma língua adicional,
quiçá uma educação bilíngue que favoreça o desenvolvimento cognitivo. |
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