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O fim do período imperial no Rio de Janeiro foi marcado por mudanças sociais, culturais e políticas que fortalecem o poder da burguesia ao mesmo tempo em que oportunizou o empoderamento feminino da mulher. A partir da personagem Aurélia, na obra “Senhora”, de Jose de Alencar, analisamos os lugares sociais da mulher, as dissimetrias de gênero, os padrões culturais sobre casamento, sexualidade e educação feminina nos anos 1870 do século XIX. Para analisarmos a obra, buscamos a seguinte fundamentação teórica: história e literatura, em Pesavento (2006); as mulheres como objeto da história, em Soihet (2011); gênero e história das mulheres, em Scott (2011); a representação literária do gênero, resistência e os múltiplos lugares do feminismo, em Osana (2004); mulher e família burguesa, em D’Incão (2015); gênero, em Bassenezi (2009); gênero e ensino, em Gandelman (2009) e as mulheres, o poder, a história, em Perrot (1988). Os resultados da pesquisa nos mostram que as transformações no trabalho com a consolidação do capitalismo e na política pela ascensão da burguesia, oportunizaram o surgimento de nova mentalidade burguesa reorganizadora das vivências familiares, educacionais e domésticas e também do tempo das atividades femininas. |
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