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Os professores vivenciam diariamente uma difícil conjuntura: o constante mau
comportamento dos alunos. É preciso estar preparado para lidar com isso, visto que se
configura como fator que afeta diretamente o gerenciamento de sala, prejudicando assim o
processo de ensino e aprendizagem. Uma maneira efetiva é a prevenção e, diante do exposto,
este trabalho objetiva estudar a aplicação de uma estratégia lúdica de prevenção da
indisciplina e o que isso implicou no processo de aprendizado dos alunos. Sendo estes os
objetivos específicos: (i) apresentar aspectos relacionados às crianças entre sete e oito anos de
idade, tais como seus interesses, como aprendem e o que as motivam; (ii) identificar e
classificar o mau comportamento dos alunos; (iii) descrever e investigar o uso de uma técnica
de gerenciamento de sala de aula baseada numa tabela de progresso; e (iv) analisar as
implicações dessa técnica no processo de aprendizagem dos alunos. Esta pesquisa se faz
relevante pelo fato de o Brasil ser considerado o país número um no que concerne ao mau
comportamento dos alunos, de acordo com uma pesquisa realizada pela Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) feita em 2014. Sendo essa a nossa
realidade, devemos nos preparar para encará-la almejando e propondo mudanças. Se o
professor consegue aliar disciplina à aulas interessantes provavelmente terá mais chances de
envolver seus alunos e os resultados no aprendizado poderão ser mais facilmente alcançados.
Dessa forma, este trabalho é uma pesquisa ação, resultado de uma prática pedagógica
realizada numa turma infantil de uma escola de idiomas de Campina Grande, Paraíba, e a
subsequente reflexão e avaliação desta aplicação. A aplicação durou um semestre letivo, de
Fevereiro à Junho de 2017, com uma amostragem de quatorze alunos entre sete e oito anos.
Para tanto, utilizamos teóricos da aprendizagem, tais como Vygotsky (2008) e Piaget (2012),
e nos referimos a Freire (2017) para falar de autonomia, e os autores Harmer (1991), Tiba
(2006), Soares (2007) e Banaletti e Dametto (2015) foram nossos principais aportes teóricos
para discutirmos sobre indisciplina. Além disso, Chamot e O‟Malley (1990), Richards e
Lockhart (1997), Lowes e Target (1998) e Brown (2007), foram nossas maiores referências
para abordar aspectos do ensino de Línguas, tais como motivação, estratégias de ensino e
feedback, e tantos outros autores que enriqueceram nosso quadro teórico. Crianças aprendem
de forma específica, então as técnicas de gerenciamento de sala de aula para crianças são
diferentes. Se o professor considera isso e aplica técnicas levando em consideração o nível e
maturidade delas ele proporcionará melhores condições de aprendizagem. Com esta pesquisa
pudemos perceber que quando procuramos construir um ambiente de cooperação, estimulando
a autonomia dos alunos, promovendo momentos de feedback, tudo isso atrelado à uma
maneira lúdica de promover a disciplina em sala, os resultados podem ser muito positivos e
gratificantes. Houve a percepção do progresso dos alunos, o uso do idioma alvo tornou-se
constante e houve cada vez menos momentos de indisciplina em sala, visto que os alunos
estavam envolvidos e mais responsáveis no seu processo de aprendizagem, tornando-se
indivíduos mais autônomos. |
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