Resumo:
Este trabalho visa analisar os caminhos de produção pelos quais passam a peça Auto da
compadecida, do escritor paraibano Ariano Suassuna (1955), tendo como objetivo principal
investigar as respectivas representações da obra, tanto em caráter da linguagem dramatúrgica
quanto na transmutação cinematográfica. Para isso, direcionaremos nossas pesquisas nos
aspectos essenciais que permeiam o texto dramático e a versão fílmica da obra, analisando o
diálogo entre os gêneros e seus efeitos. Contudo, antes de adentrar no tema principal, serão
feitas algumas considerações sobre o conceito de cultura popular e as características
primordiais que corroboram a dramaturgia de Ariano e a versão fílmica de Guel Arraes.
Verificando também a influência do Movimento Armorial na construção de uma obra
estilisticamente nordestina, bem como, a intertextualidade que se utiliza da literatura de cordel
e da literatura clássica em seu processo de reconstrução. Desse modo, para fundamentar
nossas análises, alicerçamo-nos em estudiosos do teatro e do cinema como, Aristóteles
(1966), Brito (1995), Nitrini (2000), Berthold (2001), Magaldi (1997) e Prado (2001). Nessa
perspectiva, ainda serão apresentados neste construto os princípios morais que atravessam a
obra e as evoluções pelas quais passam o texto teatral antes de se reproduzir na tela do
cinema. Por fim, buscamos identificar as costuras acrescidas no produto fotolito, bem como,
assinalar os processos dialógicos e sistemáticos enquanto escritura e na reprodução da obra
objeto de nossas análises, comparando-a, ao mesmo tempo, com sua versão fílmica.
Descrição:
RIBEIRO, T. E. de O. F. Auto da Compadecida e as veredas do sertão: o teatral de Suassuna e o cinematográfico de Arraes. 2017. 73f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras)- Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2018.